quarta-feira, novembro 26, 2008

Energy Drink


ai ai ... Última semana de aulas, milhares de provas, milhares de minutos que não posso perder para estudar. Mesmo assim sobra (ou melhor, eu perco um tempo de sobra) para escrever aqui.
Poucos sabem, e menos ainda acreditam, mas eu estudo razoavelmente bastante para as provas que tenho que fazer em minha cara instituição de ensino superior. Um pequeno empecilho que realiza uma solução de continuidade em minha atividade de aprendizado é a incapacidade de concentração durante o dia, presente na minha personalidade. Em outras palavras, sou um animal noturno. Se os olhos são as portas de entrada do conhecimento então minhas pupilas são dilatadas e os bastonetes são mais desenvolvidos que os cones na camada sensitiva dos meus. O dia tem muito som, muita luz, muito estímulo... é excitante. É aquela luz que entra pela fresta da cortina que atrapalha. É a buzina do carro que não cessa. Eu escuto o canto do pássaro empoleirado no galho da árvore, solitária, no meio de uma emulsão de gritos berrando e luzes piscado, sirenes espremendo-se entre os carros e uma televisão praticamente me invocando para acomodar meus músculos glúteos na superfície acolchoada de um sofá vermelho sangue, coberto com uma camada de poeira levantada da rua. Mas nem na tranquilidade da programação televisiva de um velho com botox o dia levanta a bandeira branca. Porque aquela nesga de luz que entra pela fresta da cortina agora queima minha retina. Então sou obrigado a relaxar meus músculos levantadores das pálpebras superiores e abaixadores das pálpebras inferiores, enclausurar-me na escuridão até que a lua nos separe. Que não se apresente, a bola de prata, pois os 1000 miligramas de Taurina devem estar concentrados na fabricação da intelectualidade. E que assim seja, nas sete noites da semana, até que a mente se apague.

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