segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Viagem à Salvador - Bahia

Não há nada como viajar e conhecer novos lugares, principalmente se estes lugares se encontram em seu próprio país. Ainda mais se este país é o Brasil, com tantas culturas, paisagens e pessoas diferentes que uma vida só não é suficiente para conhecer tudo o que ele tem para mostrar. Desta vez fomos para Salvador, Bahia. Minha irmã, minha avó e eu ficamos hospedados na casa do meu tio, em Lauro de Freitas, a poucos quilômetros da capital. A primeira diferença que se sente logo ao descer do avião é, certamente, no clima. Apesar de ser verão e estar quente também no sul, o calor do nordeste é incomparável. No carro, o ar-condicionado funciona intermitentemente.
Passamos grande parte da viagem visitando o centro histórico da cidade e as igrejas incrivelmente belas e ricas em detalhes. Dizem que a cidade de Salvador possui uma igreja para cada dia do ano. Embora não seja verdade, nela foram construídas mais de 200 igrejas, e muitas delas não foram terminadas. Algumas só possuem uma torre e a outra é incompleta, ou falta um sino, e a explicação para este fato é que assim os padres que as administravam podiam receber mais verbas do Vaticano para que pudessem ser terminadas. Uma das igrejas que mais chamou a atenção foi a Igreja da Ordem Terceira Secular de São Francisco, a única no Brasil construída no estilo barroco espanhol, com uma fachada trabalhada em pedra lavrada riquíssima em detalhes, e seu interior com detalhes em ouro. É uma construção muito grande, embora a fachada não dê essa impressão, e o trabalho de conservação do prédio é digno de admiração.
Também visitamos a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim. Um dia após nossa chegada na Bahia, aconteceu a lavagem das escadarias da igreja, em que os fiéis caminham oito quilômetros carregando potes de barro com água, até chegarem no alto da colina sagrada, onde se encontra a igreja. Após a lavagem, amarram fitas do Nosso Senhor do Bonfim no cercado da igreja, dando três nós e fazendo três pedidos. Esta cerimônia de lavagem das escadarias marca o início das festividades para o carnaval. Visitamos a igreja um dia depois da cerimônia e ao chegarmos lá fomos supreendidos por uma barreira de cores no lugar em que deveria estar o cercado da igreja. Eram tatas as fitas amarradas que era quase impossível enxergar através dele, e quando o vento batia, fazia as fitas balançarem formando ondas multicoloridas por toda sua extensão.
Tão belo quanto estas igrejas é o pelourinho, com suas ruas estreitas e prédios justapostos pintados das mais variadas cores. Carros não podem andar por aquelas ruas que ficam apinhadas de gente. Apesar de ter tido um início triste, sendo o lugar onde os escravos infratores eram açoitados, agora tudo lá é alegre: as decorações das casas, as fachadas das lojas e seus interiores também, as pessoas que circularm por lá, sejam turistas ou moradores, o olodum... Não há motivo para não se sentir feliz lá.
Esta é a parte alta da cidade, mas a parte baixa não deixa a desejar. Para descermos usamos o Elevador Lacerda que funciona 24 horas. Suas quatro cabines foram inagurudas em 1873 e podem levar até 128 pessoas descendo os 78 metros existentes entre a parte alta e a baixa em 22 segunos. Além deste meio, pode-se ir de uma altitude à outra usando o plano-inclinado, uma espécie de bonde elétrico que sobe e desce em uma inclinação maior que 50°, permanecendo na horizontal, ou ainda passando de carro pelas ladeiras extremamente íngrimes. Nestas ladeiras eu vi a pobreza a que a população daquela cidade está sujeita. Certamente este não é o único lugar que a pobreza pode ser vista mas parece que para poder conhecer as duas partes ricas e alegres desta cidade maravilhosa, é preciso voltar à realidade e perceber que a cidade, mesmo sendo muito bonita, não é perfeita, como qualquer outra.
Da parte alta ainda era possível ter uma vista linda que inclui o porto de Salvador, o Mercado Modelo, uma série de construções antigas incríveis, mais igrejas (como em todo lugar) e o guardião da cidade, o Forte de São Marcelo que foi construído sobre um banco de areia próximo à costa. Nós não o visitamos por falta de tempo, mas é certo que ficaríamos maravilhados, como ficamos com quase todo o resto da cidade. Outro forte que visitamos foi o forte de Santo Antônio da Barra, ou o Farol da Barra. Este forte pertence à Marinha Brasileira e nele funciona um museu que apresenta artigos que contam a história de Salvador e do próprio forte. Ele também possui um farol que ainda funciona alertando aos navegantes que a costa está próxima.
Minha irmã e eu ainda fizemos um paseio de escuna para duas ilhas próximas, a Ilha dos Frades e a ilha de Itaparica. Dois pedaços de terra belíssimos, com praias lindas, água morna e transparente. Podem dizer que as praias de Santa Catarina são as mais bonitas, mas entre elas e as praias do nordeste há um páreo duro. Na Ilhas dos frades há somente 60 habitantes que são "pescadores" que vivem do turismo. Nesta ilha ainda existem as ruinas de uma igreja e um cemitério abandonados no topo de um morro. A vista de cima da colina era incomparável. Na ilha de Itaparica fizemos um tour e conhecemos a cidade. A ilha é independente de Salvador e possui 70 mil habitantes. Lá aprendemos que as casas mais antigas foram erguidas com pedras, conchas e óleo de baleia, que se torna uma mistura que pode ser tão resistente quanto o concreto de hoje, e suas paredes possuem mais de 40 centímetros. Estas casas possuem até 40 cômodos e são estreitas e compridas, podendo ir de um lado ao outro do quarteirão. A casa de veraneio de Vinícius de Moraes é uma delas. Ainda nesta ilha vimos um forte que foi construído pelos portugueses e tomado pelos holandeses durande sua dominação nesta região do país. A peculiaridade do forte é que após a retomada pelos portugueses, os canhões foram apontados para dentro da ilha, para que os holandeses fossem combatidos. Na viajem de volta ao continente ainda apreciamos a companhia de golfinhos que nadaram ao lado da embarcação por breves instantes.
Para completar nossa viagem à Bahia, fomos à Praia do Forte, a cerca de 55 quilômetros ao norte da capital, para visitarmos uma das bases que o Projeto Tamar possui ao longo da costa brasileira. O trabalho de pesquisadores e ambientalistas é digno dos nossos aplausos. Não são somentes as diferentes espécies de tartarugas marinhas que habitam a costa do Brasil que ganham apoio do projeto, mas também espécies de tubarões, peixes e outros animais marinhos. Lá se pode conhecer mais sobre o projeto e sobre estes animais. A cada 10.000 tartarugas que nascem, somente uma é criada em cativeiro para realização de pesquisas. No Brasil há cinco espécies de tartaruga: Cabeçuda, de Pente, Verde, Oliva e de Couro, sendo a Tartaruga de Couro a maior espécie, podendo medir até dois metros de comprimento e pesar 700 quilos.
Sob a perspectiva de um jovem que ainda tem muito a conhecer, esta foi uma das viagens que não irão cair no esquecimento. As igrejas, as parias, os baianos simpaticíssimos, a comida maravilhosa, as construções incríveis... Será marcada como uma das melhores viagens que já realizei e, certamente, que realizarei, seja com a família, amigos ou com uma mochila como companheira.

domingo, dezembro 10, 2006

asusência

tenho estado bem ultimamente... então nem tenho escrito muita coisa...
não que alguém ligue
/o/
é só

quarta-feira, novembro 15, 2006

No fim, tudo acaba (1)

Vejam bem. Já falei aqui sobre como as nossas vidas são fúteis. Mas talvez sejamos nós quem não saibamos usá-la da forma correta. Mas pra falar a verdade, não quero saber se a vida é fútil ou não. Quero mais é reclamar da vida! Tô cansado de estudar, isso todos sabem. O que nem todos sabem é que mesmo assim eu estudo (a questão abordada não é o tempo de estudo). Pode ser que, também, ninguém queira saber se eu estudo ou não. Então sugiro que estes aprem de ler o caption neste exato momento. Mas acho melhor que tivessem parado antes de terem começado a ler. Têm muitos pontos no meu texto? Não tô nem aí... aliás, quando estou fazendo a redação no simulado esse é o menor dos problemas. Até faltam lugares pra colocar pontos. Não gosta de caption grande? Este caption não é grande, acredite. To cansado também de fingir as coisas. Quero ser livre. Quero ter uma vida fácil, se pudesse casava com uma coroa ricassa que tá quase morrendo pra pegar todo o dinheiro dela e acumular mais dinheiro depois. Sabe o que? Acho que o homem na Terra foi um erro da natureza. Sabe um daqueles erros que não se pode cometer? Um desses. Um erro que não se pode cometer ou uma coisa muito ruim acontece, como a sua morte. A morte é o fim de tudo pra muita gente. Elas podem dizer "A morte é a passagem para o paraíso" ou qualquer coisa assim, mas elas temem a morte no fundo do cérebo. Sim o cérebro, porque coração não manda em nada. Aliás nem cérebro manda. Cérebro: conjunto de células especializadas ou não que exerce funcões específicas no corpo do animal. O que antecedeu o cérebro não era diferente, somente menos evoluído, adaptado àquilo que era necessário. Veja só, isso é o que se aprende quando se estuda. Função da educação no capitalismo: quanto maior instrução, maiores chances de conceber uma forma eficaz de acumulação de capital. Ouvi uma velha dizer: estude, juventude, é o melhor que vocês têm a fazer. Pois eu digo: morra juventudo, pois é a melhor coisa que acontecerá à esse planeta. Se o homem estava predestinado a alguma coisa, era à destruição da Gaia, criadora.

No fim, tudo acaba (2)

Me diga uma única criação humana que não provoque algum tipo de destruição; que não afete um ecossistema; que não atinja uma espécie; que não preceda alguma dessas última citações. Se o fizer, provavelmente ganhará o Nobel de alguma coisa. Não existe. Morte: parada funcional de todos os órgãos, tecidos e fluidos de um organismo. Simples assim, e ainda acarreta grande sofrimento aos próximos e mesmo aos distantes. Para onde vamos depois da morte? Voltamos à origem. À Gaia. A Terra nos quer de volta. Quer acabar com o que criou para poder sobreviver. Egoísmo? Da Terra ou do Homem?
Alguns vão começar a me odioa ou desconfiar de mim depois de ter lido isso. Mas acredito que a maioria nem vá ler, e os que vão me conhecem bem o suficiente para saberem que não há nada de polêmico no que foi escrito. Aliás, polêmica é mais uma das inutilidades que o homem inventou, junto com o sentimentalismo e todo o resto de abstratismo.

Desculpe se feri os valores ou sentimentos de alguém que tenha lido, venha tirar satisfações comigo quando tiver oportunidade, provavelmente você se sentirá melhor. É o que consigo expressar no momento, mas amanhã voltarei ao normal com as futilidades humanas de sempre.

segunda-feira, setembro 25, 2006

É deprimente... Este mundo é deprimente. Este país é deprimente. Esta cidade é deprimente. Minha escola é deprimente. Minha casa é deprimente. Minha vida está se tornando deprimente. Pode ser só mais um onda de nostalgia ou depressão passageira. no momento só penso em coisas ruins ou que não têm sentido.
Os humanos estão destruindo o mundo. O ar está poluído. A água, o solo, a mente. Nada é como deveria ser. Ou talvez seja. Talvez seja hora dos humanos se extingüirem, darem espaço a uma nova espécie. Talvez seja hora dos humanos desistirem de ser os mais aptos. Talvez seja hora da vida na Terra acabar. Como dizem: Deus sabe o que faz. Talvez sejam os humanos que não entendam. Ou Deus que não saiba.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Um domingo à noite, estudando para a prova.

Biologia... vamos lá. Nossa, tinha esquecido como esse livro é grosso. Preciso fazer exercícios. Mas eu tenho tão pouco tempo. Que página era mesmo? Doze... Doooouuuuze uarrrrghhh!! hahaha... Como sou idiota fazendo essa brincadeira comigo mesmo e na minha mente . Acho que preciso de um psiquiatra, ou algo do gênero.. Ahmmm vamos ver. Platyelmintes são vermes achatados, acelomados, que possuem nossa como aquela Ana é gostosa... aiai... aquela barriguinha... YOW! Você tem que estudar! Além do mais, você tá ficando com a Carla agora... Será que ela tá estudando também? sistema digestório incompleto, reprodução assexuada ou sexuada será que ela tá mesmo em casa agora? O Ricardo tem deixado bastante scraps pra ela ultimamente. Tem mais scraps dele do que meus no orkut dela! ocelos, célula flama ou solenócito bla-blá-blá que coisa chata... Que vontade de cagar... Putz, preciso comprar pão. Turbelária, trematoda e cestoda. A tênia é um cestoda que pode infestar o sistema digestório por meio da ingestão de suas larvas. Putz, imagina um bicho desses subindo pela garganta e saindo pela bunda! Meu, eu preciso cagar... o pior é ter que sentar naquela privada gelada. Blá-blá-blá cisticercose, pode afetar o cérebro, é mesmo, o Paulo teve isso ocorre quando se ingere os ovos da tênia será que vou ter dinheiro pra almoçar amanhã? Só tem miojo aqui. Acho que vou pedir uma pizza. Ah não.. vai que vem uma tênia dessas junto com a pizza! Cara acho que vou cagar... Mas eu tenho que estudar! Meu... imagina como deve ser a Ana cagando! Nossa senhora, não acredito que tô pensando nisso... Ah meu Deus, vou cagar!

quarta-feira, agosto 30, 2006



Bom... inicia-se, então, mais um blog no universo megadimensional da internet. Será apenas mais um ou se destacará dentre tantos outros criativos e inteligentemente bem escritos diários da vida virtuofísica? Por hora aguardarei, com pedidos de desculpas por certos erros que, não somente, serão cometidos, mas, também, lamentados. Peço que seus dedos digitantes me avisem sobre qualquer erro que venha a cometer este probre escravo de um vocabulário e gramática probres, e dedos trepidantes das noites frias de Curitiba.
Com prazer (ou pesar), então, inauguro este blog.